Em menos de seis meses, me deparei com o mesmo tipo de projeto três vezes: programação visual para exposições. Eu ainda não tinha tido a oportunidade de me dedicar a esse tipo de trabalho, que envolve uma série de conhecimentos de design relacionados, como sistemas de identidade visual, sinalização, ergonomia e design de ambientes. E, apesar de já haver algum tempo que eles foram realizados, acho importante deixar a experiência registrada por aqui também.
O primeiro deles, também o menor, foi para o Museu da Gente Sergipana localizado em Aracaju, Sergipe. Tratou-se da microexposição de dispositivos interativos para museus de ciência, gerados através do projeto Arte com Ciência. Um projeto realizado conjuntamente pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação — IPTI, a Universidade Federal de Sergipe e a Secretaria do Estado da Educação. Como eu já havia participado como designer do projeto há algum tempo atrás, acabei sendo chamado para realizar a comunicação visual da microexposição também, um dos resultados das atividades do Arte com Ciência.
Os dispositivos expostos são dois: um deles trata do Fogão Solar como maneira sustentável de preparo de alimentos, enquanto o outro trata da cultura e preservação do Aratu, animal típico da região de Sergipe, que habita o ecossistema dos Manguezais. Os dispositivos foram gerados por uma equipe do Departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, coordenados por Rejane Spitz. Minha atribuição foi gerar a sinalização para a sala que abrigaria os tais dispositivos, baseando-se sempre na linguagem visual já desenvolvida para o Arte com Ciência.
Inaugurada em Março, a exposição ainda está aberta à visitação do público no Museu da Gente Sergipana, pois faz parte de um esforço do Museu em trazer um público escolar pertencente ao ensino fundamental, interagindo com os dispositivos educativos.
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