31.7.11

Mini oficina no Crasto

Na última sexta-feira (29.07), fiz uma viagem a Estância, para participar de um evento do projeto que faço parte como designer gráfico encarregado. Nele, sou responsável por toda a comunicação visual, mais alguns extras como fotos, banco de imagens e, de vez em quando, atualizações no Twitter e blog também.
Saulo Baretto, além de coordenador desse projeto, desenvolve juntamente com adolescentes do povoado do Crasto um Cine Clube comunitário, que acontece na praça central ao ar livre, convidando a todos os moradores locais ao cinema. A ideia do Cine Clube é muito boa, porque permite desenvolver nesses adolescentes mais carentes não só o gosto pelo cinema, como também a capacidade de administrar uma pequena organização local.
O Crasto é um pequeno povoado de pescadores próximo ao município de Santa Luzia do Itanhi, em Sergipe. Ele está situado à beira do rio Piauí, no meio de uma área exuberante pela sua mata Atlântica - a mais bem preservada do estado. As únicas maneiras de se chegar até lá são através do rio, ou passando por uma pequena estrada de terra que corta a mata fechada. Não é difícil se encantar, quando se chega por lá. O rio cria uma orla linda e o clima tranquilo e aconchegante da cidade é acolhedor. Por se tratar de uma vila de pescadores, nos restaurantes locais é possível comer peixes extremamente frescos de diversas variedades, assim como crustáceos provenientes do manguezal próximo. Infelizmente, frutos do mar nunca fizeram parte da minha dieta. Mas ainda assim, não é por mera exaltação que falo bem do lugar. O Crasto é realmente encantador.
Dessa maneira, em Junho, fui convidado para visitar o Crasto e ajudar alguns dos meninos a desenvolver a assinatura visual do Cine Clube. Devido a outros compromissos, não pude fazer isso antes, e apenas na  sexta-feira, último dia 29, a mini oficina foi realizada.
Os cinco meninos mais ligados ao Cine Clube estavam presentes. Primeiramente, fiz uma pequena apresentação sobre marcas famosas, explicando seus elementos e tentando estabelecer um elo entre suas características principais, mostrando o motivo pelo qual eram consideradas tão boas. O objetivo era que eles tivessem alguma ideia do que era bom para uma assinatura visual antes que começássemos a desenhar qualquer coisa.
Depois disso, partimos para o trabalho "duro": todos juntos, sentados em círculo no chão, começamos a discutir elementos que poderiam ser utilizados na assinatura: o rio, os peixes, o mangue, a rede de pesca... As ideias foram fluindo facilmente e os meninos, apesar de acanhados no desenho, estavam dispostos a ajudar e muitas ideias legais surgiram.
Agora, eu fiquei incubido de refinar as melhores delas e apresentar alguns desenhos para eles, de acordo com o que imaginaram. Daqui a algumas semanas, voltarei lá com algum material para mostrar. Quem sabe aí, poderei agradecê-los pela experiência e pelo aprendizado que pude ter em apenas algumas horas trocando ideias.

Obrigado, obrigado.


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