24.9.12

ICDHS 2012

O International Conference on Design History and Studies é um evento acadêmico que propõe a troca de ideias em história do design internacionalmente. Assim, diferentes países tem a oportunidade de mostrar o que andam produzindo acerca desse tema e podem trocar experiências com outros, buscando uma aproximação local que dialoga com o global.

A sua primeira edição aconteceu em 1999 em Barcelona e desde então o evento veem ocorrendo em diversos países, passando por Cuba, Turquia, México, Japão e Bélgica. No começo desse mês o Brasil recebeu o ICDHS em São Paulo, com organização da FAU-USP e da Universidade Mackenzie.

Foram quatro dias de evento, de 3 até 6 de Setembro. Quatro dias que julguei extremamente proveitosos. A principal proposta do evento realmente foi cumprida: houve uma ótima interação entre diversos acadêmicos e a pluralidade de temas tratados contribuíram para a criação de um ambiente propício para isso. Um exemplo dessa pluralidade foi a divisão das sessões paralelas em linhas como: History of design education, Identities and territories, National policies on design, Techniques and technologies, International face of design and design history e um Open strand.

Essa quantidade permitiu ter uma noção abrangente sobre o que vem sendo estudado em história do design, e em vários outros temas que permeiam esse, como as políticas nacionais para o design e a criação de identidade territorial à partir do design. Naturalmente, foi possível construir essa noção principalmente com relação ao Brasil, já que ele estava sediando a edição 2012. Por exemplo, houveram vários estudos interessantes sobre a emergência de nomes de designers brasileiros, com um trabalho singular, que haviam sido esquecidos. No entanto, procurei dar prioridade ao Open strand e à Identities and territories, pois essas linhas se relacionavam diretamente com a minha área de interesse.

Além dessa diversidade, o evento também foi bastante organizado. Tendo acontecido na FAU Maranhão e no auditório da Mackenzie, um prédio muito perto do outro, gastando cerca de dois minutos de caminhada. O único ponto que me decepcionou de fato foram as mesas redondas de encerramento das atividades de cada dia. Elas acabaram se tornando bastante improdutivas e inconclusivas, não favorecendo o debate com o público também. Não apenas por isso, mas o próprio tema proposto para cada uma das mesas foi algumas vezes desnecessário. Como por exemplo a primeira delas, que tratava apenas dos encontros do ICDHS por si, e não propôs conclusão alguma. Ainda assim foi extremamente gratificante poder participar do evento, entrar em contato com temas tão diversos, além de conhecer tanta gente amigável e interessante.

Em 2014, a próxima edição do ICDHS acontecerá em Aveiro, Portugal. E desde agora, pretendo estar por lá.

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