Um hábito que sempre tive e que reincorporei com força na minha rotina foi o da leitura. Postei há um tempo alguns livros que li esse ano e que foram importantes para mim, principalmente em termos de crescimento pessoal. Depois daqueles vieram mais alguns poucos, mas nada relacionado diretamente ao design.
Como já devo ter dito por aí, resolvi dar um tempo nas leituras da área e dedicar um tempo para as outras, que estavam paradas na estante. Isso incluiu leituras de livros que sempre quis ler, mas que ainda não tinha lido. Mas no último mês eu não resisti e acabei comprando para o Natal a edição americana de "Just My Type", do autor Simon Garfield. Sabia que era uma leitura leve, nada técnica, sobre tipografia e eu estava mesmo com saudade de ler qualquer coisa que tratasse especificamente sobre letras.
Como imaginei, o texto é extremamente divertido. Ele conta casos e curisidades sobre diversas fontes, misturando contos com história da tipografia, exemplos com opiniões pessoais. O autor vai intercalando essas hitórias, de modo que a leitura nunca é cansativa: se ele passa um tempo comentando fatos hitóricos, pode apostar que depois vem uma curiosidade interessante relacionada.
Para mim, essa é a maior qualidade e também o maior defeito do livro. Alguns momentos achei que as histórias eram suficientes por si só, já em outros, a falta de aprofundamento em certos temas (e o tom às vezes tendencioso) me deixava meio chateado. Mas ei, é um livro para leigos que se interessam por fontes, e não necessariamente para designers gráficos aficcionados por tipografia.
Então o que me chateou um pouco, pode ser justamente o trunfo do livro. E ele realmente consegue trazer casos interessantes envolvendo tipos. Fala sobre um pouco de cada coisa: música, sinalização, jornais, Comic Sans MS... inclusive tem uma foto de uma raposa marrom pulando sobre um cachorro preguiçoso.
Achei a leitura divertida e conheci algumas histórias interessantes que não sabia. No mais, o livro é só isso. O trecho de abertura, no entanto, é genial:
"In Budapest, surgeons operated on printer's apprentice Gyoergyi Szabo, 17, who, brooding over the loss of a sweetheart, had set her name in type and swallowed the type. [Time Magazine, 28 December 1936]"
Link para o trailer do livro, criado e dirigido por Naresh Ramchandani e Michael Bierut do Pentagram, aqui.
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