Não quero fazer pouco caso sobre o que aconteceu ontem pela manhã em uma escola no Realengo, bairro do Rio de Janeiro. A tristeza já é grande demais. Realmente foi um acontecimento chocante, inesperado, injusto e todos esse adjetivos que já foram muito gastos pela impressa brasileira de ontem até hoje. Não acho também que o rapaz que cometeu esse ato trágico esteja certo de maneira alguma. Apenas entendo que sempre existem motivos para cada coisa.
Não sou melhor que ninguém, mas passei por algumas situações na minha vida que me fizeram mudar meus conceitos sobre muitas coisas. Hoje, depois de muito refletir, entendo que há momentos em que não há controle, há momentos difíceis dos quais uma pessoa não consegue sair sozinha.
Depressão, pânico, desespero, agonia... isso tudo existe e não devia ser desconsiderado como geralmente é. Experiências como a morte, abandono, e o bullying podem causar feridas profundas demais para serem ignoradas por muito tempo. Como medir, afinal, o estrago que foi feito por anos de sofrimento em um escola, justamente na infância, quando suas maiores preocupações deveriam ser comer e brincar?
Não sei se a forma como a sociedade está organizada contribui de alguma forma para que esse tipo de acontecimento se torne frequente, também não tenho parâmetros para julgar e discernir esse tipo de coisa. Só acho que às vezes, só às vezes, viver é meio massacrante demais pra qualquer um que esteja disposto e seja capaz de percerber isso.
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