3.8.15

NSP 2015

Frequento encontros de estudantes de design desde 2011, quando já estava no segundo ano de graduação. Um comparecimento tardio aos eventos do movimento estudantil de design não impediu que eu me surpreendesse diversas vezes com o quanto um momento como esse pode ser enriquecedor em aspectos tanto profissionais, como pessoais. No encontro desse ano - o 25º, e que aconteceu em São Paulo - não foi diferente.

Mesmo estando agora na posição de veterano, o NSP continuou mostrando que cada encontro é único e sempre há o que aprender: dessa vez fui ao N Design ministrar uma oficina. O objetivo era falar um pouco sobre design social, com ênfase nas Tecnologias Sociais, devido ao meu trabalho no IPTI. Tenho percebido muitos designers interessados pela área, mas há diversas barreiras para chegar a atuar com design social de fato. A oficina, intitulada "O meio e o designer", se propunha como um espaço de troca de ideias e experiências para clarificar essas barreiras, pontuando conceitos e a situação da área atualmente. Ela se dividiu em três partes: ideias, onde foram discutidos conceitos teóricos - baseados em Bonsiepe e Manzini; modelos, onde foram definidos alguns modelos de atuação atualmente existentes no mundo, bem como apresentados estudos de caso das tecnologias sociais desenvolvidas pelo IPTI;  e  a parte final, denominada laboratório, onde foi possível pensar em mini-soluções sustentáveis, com caráter de tecnologia social, para os problemas que já havíamos encontrado no próprio encontro.

Para além da nova posição de oficineiro, o NSP também contou com outras singularidades para mim (e certezas também): uma presença massiva de calouros, problemas no alojamento, festas incríveis, uma fiscalização repressiva, alguns de meus alunos indo a um encontro pela primeira vez, o carinho de novos amigos, uma surpresa de aniversário, uma rua da cidade renomeada para "Mini-Augusta", a tia da trufa com suas tiradas explícitas, e um dono de bar com alma de designer. Ao final, o NSP foi como todos os outros encontros: inesquecível.

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