Na última semana estive em Recife para participar do CIDI2013, Congresso Internacional de Design da Informação, que aconteceu de 10 a 13 de Setembro na UFPE. Da mesma forma como o ICDHS, congresso que participei no ano passado em São Paulo, o evento foi muito organizado e muito rico em conteúdo. É sempre muito inspirador entrar em contato com a diversidade de trabalhos apresentados e perceber as diferentes aproximações possíveis em uma área tão vasta como o design.
O CIDI foi dividido em cinco trilhas: comunicação, educação, sociedade, tecnologia e teoria/história. Gostei bastante dessa divisão e acredito que deu margem para englobar bem todos os trabalhos apresentados, referentes ao design da informação. Particularmente, acabei visitando mais as salas de educação e sociedade, que frequentemente apresentavam temas relevantes para o tipo de trabalho social que desenvolvo, como designer do IPTI. No entanto vi temas interessantes sendo abordados em todas as trilhas, principalmente em tecnologia.
Como pontos altos, posso citar os trabalhos voltados para tipografia e iconografia vernacular, um tema do meu interesse há anos. Aparentemente essa é uma linha de pesquisa bastante recorrente da UFPE e isso só é reforçado pela forte cultura vernacular de alguns bairros do Recife, com grande presença de letreiramentos espontâneos e trabalhados à mão. Fernanda Abreu e Fátima Finizola, como sempre estavam muito à vontade falando sobre o tema.
Houve também o trabalho interessante desenvolvido pelo Laboratório de Design Instrucional da UFES, trabalhando elementos do design da informação para projetar cartilhas educativas. Eles reiteraram a importância de inserir o designer no processo de construção desse tipo de material desde o início, pois ele pode prover insights com relação uma série de elementos, inclusive a forma do próprio conteúdo. Ainda com relação à educação também conheci o desenvolvimento de um dispositivo educativo para museus por parte da GEMATEC - Grupo de Estudo de Metáforas, Modelos e Analogias na Tecnologia na Educação e na Ciência - do CEFET de Minas Gerais. Eles conceberam um modelo análogo ao universo, que contribui para o ensino de temas como astronomia e física, por exemplo. É um tipo de trabalho bem parecido com o idealizado pelo IPTI no projeto Arte com Ciência.
No entanto, o CIDI2013 deixou um pouco a desejar com relação à novidade e complexidade de conteúdos. Houveram muitos trabalhos apresentados que, na minha opinião, acabaram parecendo rasos. Me refiro aqui aos trabalho especificamente do CIDI, uma vez que esse evento também reuniu o CONGIC, com trabalhos advindos de estudantes de graduação, que normalmente são menos complexos, de fato. Além disso, houveram muitas pesquisas que acabaram fugindo do escopo do design da informação e findavam por tratar de assuntos tangentes, não necessariamente relevantes para esse aspecto do design.
Houve também o trabalho interessante desenvolvido pelo Laboratório de Design Instrucional da UFES, trabalhando elementos do design da informação para projetar cartilhas educativas. Eles reiteraram a importância de inserir o designer no processo de construção desse tipo de material desde o início, pois ele pode prover insights com relação uma série de elementos, inclusive a forma do próprio conteúdo. Ainda com relação à educação também conheci o desenvolvimento de um dispositivo educativo para museus por parte da GEMATEC - Grupo de Estudo de Metáforas, Modelos e Analogias na Tecnologia na Educação e na Ciência - do CEFET de Minas Gerais. Eles conceberam um modelo análogo ao universo, que contribui para o ensino de temas como astronomia e física, por exemplo. É um tipo de trabalho bem parecido com o idealizado pelo IPTI no projeto Arte com Ciência.
No entanto, o CIDI2013 deixou um pouco a desejar com relação à novidade e complexidade de conteúdos. Houveram muitos trabalhos apresentados que, na minha opinião, acabaram parecendo rasos. Me refiro aqui aos trabalho especificamente do CIDI, uma vez que esse evento também reuniu o CONGIC, com trabalhos advindos de estudantes de graduação, que normalmente são menos complexos, de fato. Além disso, houveram muitas pesquisas que acabaram fugindo do escopo do design da informação e findavam por tratar de assuntos tangentes, não necessariamente relevantes para esse aspecto do design.
Apesar disso, não tenho dúvida que o congresso foi bastante enriquecedor para todos que participaram. E fiquei muito feliz por fazer parte também e de quebra ainda visitar Recife novamente.
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